Vamos falar sobre prolapso retal?

Essa condição se caracteriza pela protrusão do reto através do ânus. Pode manifestar-se como um prolapso completo ou parcial, sendo o último limitado à camada mucosa mais superficial.

Geralmente, sua ocorrência é mais frequente nos extremos da vida, ou seja, na infância ou na idade avançada. Diversos fatores podem desencadear essa condição, muitas vezes agindo de maneira combinada, tais como enfraquecimento dos músculos anais, alterações na anatomia da pelve devido a cirurgias, partos ou traumas, constipação intestinal severa e prolongada, perda de peso significativa, além de outros fatores imprevisíveis que podem afetar o equilíbrio anatômico na região.

Embora ambos os sexos possam ser afetados, a condição é mais comum em mulheres. O diagnóstico ocorre por meio de exame proctológico, que pode evidenciar a protrusão do reto ou parte dele pelo ânus. Durante esse exame, é comum o coloproctologista solicitar que o paciente simule um esforço para evacuar, a fim de melhor avaliar o problema.

Em crianças, a cura é frequentemente espontânea à medida que os ossos e músculos da região se fortalecem com o crescimento, impedindo a protrusão do reto. Já em adultos, o tratamento geralmente requer intervenção.

No caso de prolapso parcial, cirurgias anorretais menos invasivas podem resolver eficazmente o problema. No prolapso completo, podem ser necessárias intervenções mais complexas, que podem ser realizadas por via perineal ou abdominal, esta última às vezes com técnicas laparoscópicas.

A escolha do tratamento depende de vários fatores, como idade, condições clínicas, tamanho do prolapso e particularidades da anatomia de cada paciente.

A recorrência da condição pode ocorrer após qualquer tipo de tratamento, especialmente se o esforço excessivo para evacuar, comum em casos de prisão de ventre, não for controlado.

Fonte: Portal da Coloproctologia

Dr. Daniel De Castilho

CRM 130.308 │ RQE 86384

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