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Será que a prática da hidrocolonterapia funciona mesmo?

  • admdrdanieldecasti
  • 19 de mar. de 2024
  • 1 min de leitura

No dia 30 de novembro de 2023 a Comissão Científica da SBCP publicou uma nota técnica da sobre a prática da hidrocolonterapia.

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Recentemente, informações sobre a hidrocolonterapia têm circulado nas redes sociais. Esse procedimento envolve a limpeza do intestino grosso com água ou solução salina através do ânus. Alega-se que seria necessário devido à suposta autointoxicação causada pelo acúmulo de fezes antigas no intestino. No entanto, essa teoria foi desacreditada cientificamente em 1920, com estudos demonstrando que não existe relação entre fezes no cólon e intoxicação do corpo.


A ideia de que fezes podem ficar presas na parede do intestino por anos também é infundada, pois nunca foram encontradas fezes fortemente aderidas à parede do intestino em cirurgias ou autópsias.


Pacientes com constipação ou trânsito intestinal lento devem ser avaliados por um médico e geralmente são tratados com dieta adequada, hidratação e atividade física, além de medicações quando necessário.


Nosso trato digestivo abriga uma vasta quantidade de organismos comensais, essenciais para o equilíbrio imunológico do corpo. Mudanças frequentes nessa flora podem ser prejudiciais. A limpeza sistemática do intestino, além de não ter benefícios comprovados, pode trazer riscos à saúde, como desequilíbrio da flora intestinal, desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos, distensão abdominal, cólicas, perfuração do intestino e sangramento durante a inserção da sonda. A hidrocolonterapia foi proibida nos EUA em 1985 pela FDA (Food and Drug Administration) como método terapêutico para desintoxicação.


Portanto, até o momento, não há evidências científicas que justifiquem o uso da hidrocolonterapia para tratar doenças intestinais ou extraintestinais. Os riscos associados a esse método são evidentes para a saúde das pessoas.


Comissão Científica da SBCP.

Fonte: Sociedade Brasileira de Coloproctologia



 
 
 

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