Já ouviu falar de incontinência anal?
- admdrdanieldecasti
- 12 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
As causas da incontinência são diversas e podem envolver várias alterações na anatomia e função anorretal. Isso frequentemente inclui deficiências musculares no períneo resultantes de eventos como partos vaginais, traumas ou cirurgias anorretais. Além disso, condições neurológicas, como a degeneração do nervo pudendo ou condições sistêmicas como diabetes, podem afetar negativamente o controle anal.
A velocidade e consistência das fezes que chegam ao reto também desempenham um papel importante na incontinência. Inflamações na mucosa retal, como proctites causadas por inflamação ou radioterapia, podem diminuir a capacidade de acomodação do reto, causando urgência e aumento da frequência das evacuações. Pessoas com retocele volumosa ou megarreto podem acumular fezes endurecidas, levando a um tipo de incontinência por transbordamento. Além disso, o prolapso retal também pode estar associado à incontinência.
A consistência das fezes é particularmente significativa no desenvolvimento da incontinência fecal, especialmente em pacientes com deficiências musculares, neurológicas ou anatômicas. Fezes líquidas ou pastosas não são normais, e a causa disso deve ser investigada. Outras causas podem estar relacionadas à dieta, como o consumo elevado de gorduras ou açúcares, síndrome do intestino irritável, distúrbios metabólicos, cirurgias que afetam o intestino ou reto, ou medicamentos, como hipoglicemiantes e antidepressivos, que podem acelerar o trânsito intestinal e resultar em incontinência.
A incontinência é um problema mais comum do que se imagina, podendo afetar pessoas de todas as idades, com maior incidência em idosos. O estigma social e a falta de comunicação com a família e os profissionais de saúde podem dificultar o tratamento adequado dessa condição.
Para diagnosticar a causa da incontinência, exames complementares, como manometria anorretal, ressonância magnética do canal anal ou ultrassonografia anal, podem ser úteis. Eles ajudam a avaliar o enfraquecimento ou ruptura dos músculos, a integridade da inervação e dos músculos do períneo. Ο exame proctológico e avaliação dos cólons também são fundamentais para identificar outras alterações.
O tratamento da incontinência não necessariamente envolve procedimentos cirúrgicos. Em muitos casos, mudanças na dieta e nos medicamentos podem ser suficientes. Terapias como exercícios de recondicionamento do controle anal (biofeedback) podem oferecer bons resultados. Em situações que requerem tratamento cirúrgico, um cirurgião coloproctologista avaliará e definirá a melhor abordagem, que pode incluir correção de músculos rompidos, reforço da musculatura anal enfraquecida ou técnicas de implante de esfincter anal artificial e estimulação do nervo sacral, entre outras.
Dr. Daniel De Castilho
CRM 130.308 │ RQE 86384
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